Tópicos Especiais em História e Literatura Musical
SubtítuloCultura Sonora e Narrativa Histórica
MS103 - A
Profa. Dra. Juliana Pérez González
• Participação nos seminários dirigidos
• Elaboração de um trabalho individual sobre um dos temas do curso
APROBATO FILHO, Nelson. Kaleidosfone. As novas camadas sonoras da Cidade de São Paulo. Fins do século XIX, início do XX.São Paulo: Edusp, 2008.
ATTALI, Jacques. Ruidos: ensayos sobre la economía política de la música. México, D.F.: Siglo XXI editores, 2011.
BESSA, Virgínia de Almeida. A escuta singular de Pixinguinha. História e música popular no Brasil dos anos 1920 e 1930. São Paulo: Alameda, 2010.
BOTELHO, Guilherme Machado.Quanto vale o show? O fino rap de Athalyba-Man.A inserção social do periférico através do mercado de música popular. Dissertação (Mestrado em Culturas e Identidades Brasileiras). São Paulo, IEB-USP, 2018.
BUENO, Natalia Bieletto. Lo inaudible en el estudio histórico de la música popular. Texto de reflexión crítica. Resonancias, vol. 20, n°38, jan-jun 2016, p. 11-35. DOI: 10.7764/res.2016.38.2
CORBIN, Alain. Les cloches de la terre : paysage sonore et culture sensible dans les cmpagnes au XIXe siècle. Paris : Flamarion, 2006.
GARCÍA, Miguel A. “Archivos sonoros o la poética de un saber inacabado”. ArteFilosofía, 11, 2012, p. 36-50.
IAZZETTA, Fernando. “A Imagem que se ouve”. In: PRADO, Gilberto; TAVARES, Monica; ARANTES, Priscila (org.). Diálogos transdisciplinares: arte e pesquisa. São Paulo: ECA/USP, 2016, p. 376-395.
MACHADO, Cacá. Entre o passado e o futuro das coleções e acervos de música no Brasil. Revista de História, v. 173, 2015/2, p. 457-484.
MACHADO, Cacá. O enigma do homem célebre. Ambição e vocação de Ernesto Nazareth. Rio de Janeiro: IMS, 2007.
MERVANT-ROUX, Marie-Madeleine. Peut-on entendre Sarah Bernhardt ? Le piège des archives audio et le besoin de protocoles. Sociétés & Représentations, 2013/1 (n° 35), p. 165-182. DOI : 10.3917/sr.035.0165.
MORAES, José Geraldo Vinci de; SALIBA, Elias Tomé. História e Música no Brasil. São Paulo: Alameda, 2010.
OCHOA GAUTIER, Ana María. Aurality: Listening and Knowledge in Nineteenth-Century Colombia. Durham, NC: Duke University Press, 2014.
PÉREZ GONZÁLEZ, Juliana. A indústria fonográfica e a música caipira gravada. Uma experiência paulista (1878-1930). Tese (Doutorado em História Social). São Paulo, FFLCH-USP, 2018.
REILY, Suzel. “A música e a prática da memória – uma abordagem etnomusicológica”. Revista Música e Cultura, n° 9.
SANDRONI, Carlos. Feitiço decente. Transformações do Samba no Rio de Janeiro (1917-1933). Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
SCHAFER, Murray. A Afinação do mundo. Uma exploração pioneira pela história passada e pelo atual estado do mais negligenciado aspecto do nosso ambiente: a paisagem sonora. São Paulo: Editora UNESP, 2001.
SCHMITT, Jean-Claude. “Crieurs, cloches, chants et voix d’outre-tombe: les sons au Moyen Âge ». Sociétés & Représentations, n° 49, 2020/1, p. 27-48. [será fornecida tradução em português]
STERNE, Jonathan. The Audible Past. Cultural Origins of Sound Reproduction. Durham: Duke University Pres, 2003.
STERNE, Jonathan. The Sound Studies Reader. Nova York: Routledge, 2012.
SZENDY, Peter. Escucha. Una historia del oído melómano. Trad. José Maria Pinto. Barcelona: Paidós, 2003.
WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São Paulo: Cia das Letras, 1989.
EMENTA
Ampliando os objetos e abordagens da historiografia da cultura – que, em geral, privilegia os modos sociais de ver, ler, agir, pensar, em detrimento dos modos de ouvir – alguns trabalhos historiográficos recentes têm incorporado os sons e a escuta como objetos de investigação histórica. O curso abordará algumas dessas produções, organizando-se em torno de temas e problemas relativos à relação entre cultura sonora, processo histórico e escrita da história. A música será objeto privilegiado, mas não exclusivo, das discussões propostas.
OBJETIVOS
• Analisar as relações entre experiência histórica, cultura sonora e historiografia, propondo um diálogo entre História, Estudos do Som (Sound Studies) e Musicologia.
• Verificar como a escuta e os sons (musicais ou não) têm sido incorporados na produção historiográfica mais recente, sobretudo no campo da história ultural.
• Explorar diferentes tipos de fontes (sonoras, escritas, visuais, audiovisuais) que podem ser utilizadas pelo historiador no estudo da cultura sonora de uma época e/ou suas transformações ao longo do tempo.
PROGRAMA
PARTE I – PAISAGEM SONORA E HISTÓRIA DAS SENSIBILIDADES
Auralidade e Oralidade
Transformações na cultura sensível
Sons e ruídos na História: normatização da escuta e políticas do som
PARTE II: O SOM GRAVADO
História e Estudos do Som
História(s) do som gravado
Transformações na escuta
PARTE III – HISTÓRIA E MÚSICA
História e música popular
História, Literatura e Musicologia
História e etnomusicologia
PARTE IV – HISTÓRIA E MEMÓRIA SONORA
Arquivos sonoros e historiografia
História e memória sonora
• Aulas expositivas
• Seminários dirigidos
• Exercícios de escuta
• Análise de documentos (textuais, sonoros, visuais)